Produtos típicos do Brasil atraem europeus

Promover degustações pode ampliar potencial de negócios

Os penduricalhos e o remelexo de Carmem Miranda seduziram os estrangeiros anos atrás. O tempo passou e a pergunta não se restringe mais ao que a baiana tem. O exotismo pode ter sido o cartão de visitas, porém, os empresários brasileiros têm muito a mostrar. E, claro, vender.

Do acarajé e vatapás baianos, ao brigadeiro e pão de queijo. Não se pode esquecer também do pastel, da coxinha, a tapioca e, com certeza, a feijoada. Essas e outras delícias gastronômicas estão presentes em qualquer recepção aos estrangeiros. Eles adoram. O açaí, há tempos, cruzou fronteiras e se transformou num negócio rentável.

Não são apenas o jeito caloroso, receptivo e espontaneidade do brasileiro que abrem portas. Os turistas, principalmente os europeus, desembarcam em nossa terra já ansiosos por toda essa riqueza gastronômica. “Por que não colocar todos esses produtos nas prateleiras internacionais?”, questiona Ricardo Kono, diretor geral da W. Brazil Trader.

O açaí é um exemplo de sucesso. Duas empresas brasileiras, a Açaí Concept e a Açaí Aju contabilizam, respectivamente, 600 pontos de venda na Europa e faturamento de 1,2 milhão euros. A porta de entrada foi Portugal. Quem é do ramo, tem motivos pra se animar. Além do aumento do consumo da fruta amazônica rica em fibras, proteínas, cálcio, potássio e gorduras boas, o Programa Portugal 2020/2030 dará apoio para a internacionalização do açaí.

 

Promover degustações pode ampliar potencial de negócios

 

Os empresários que desejam aproveitar este potencial de mercado, precisam se atentar a dois detalhes decisivos para prosperarem: a logística de distribuição e como demonstrar o sabor desses produtos para os europeus. 

“Além desses cuidados, o produto precisa ter os diferenciais de qualidade do mercado europeu”, destaca Kono. “E ao iniciar a busca por essas oportunidades, é fundamental possuir capacidade de produção para atender grandes mercados”, completa.

Para este tipo de produto, a degustação pode fazer toda a diferença numa negociação. “Com a vacinação contra o Covid 19 avançando em todo mundo, muito em breve teremos feiras e oportunidades de oferecer todas essas guloseimas”, prevê Kono.

A W. Brazil Trader pode acompanhar os empresários nessas feiras para orientá-los sobre toda a logística operacional que envolverá as futuras transações. “É importante pensar na durabilidade e conservação dos produtos, já que o desembaraço alfandegário seguirá os mesmos trâmites de outros negócios”, pondera.

Kono lembra que uma estratégia importante é reservar capital para promover a demonstração dos produtos. “Já no início do estudo, é uma questão que precisa estar orçada”, esclarece. O diretor geral também lembra da necessidade de conhecer a legislação do país de cada potencial comprador, bem como todos os itens que precisam estar contidos nas embalagens.

“Vamos colocar toda a inteligência da W. Brazil Trader  para fazer uma profunda pesquisa de mercado para que o empresário não invista baseado apenas na empolgação. É importante ter dados concretos e sólidos para não perder dinheiro”, finaliza.