Importância do profissional de comércio exterior

Bem preparado, este profissional é responsável por pesquisar, identificar, rastrear e estudar os possíveis parceiros comerciais.

As transações comerciais remontam a Antiguidade. Não demorou muito para cruzarem fronteiras. Registros apontam chineses e egípcios como pioneiros, lá pelos idos do oitavo milênio a.C. Isso mesmo, tempo demais. No Brasil, a chegada de Dom João VI e a família real, em 1808, é um marco. Ele criou o “Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas para normatizar as importações e, principalmente, as exportações tupiniquins.

Fundamental nas negociações comerciais, o profissional de comércio exterior tem um dia para chamar de seu: 28 de janeiro. Existem diversos e renomados cursos de graduação, além de especializações e MBA’s no Brasil e exterior. Entre as atribuições, ele faz a intermediação comercial entre empresas do Brasil e exterior. Desnecessário frisar a necessidade de fluência em inglês, no mínimo.

Bem preparado, este profissional é responsável por pesquisar, identificar, rastrear e estudar os possíveis parceiros comerciais. “Ele participa de todas as etapas de uma transação internacional. Negocia valores, prazos de entrega, capacidade do fornecedor, logística de todas as fases da operação”, explica Ricardo Kono, diretor da W.Brazil Trader.

Kono ressalta também que o profissional de comércio exterior diferenciado se aprofunda nas legislações dos possíveis países com quem estabelecerá acordos comerciais. “Cada país tem regras e os órgãos regulamentadores específicos para cada segmento. Com a assessoria de um profissional gabaritado, consegue-se mais segurança para fechar o negócio”, completa Kono.

Também está no escopo de trabalho, conhecer as regras da logística de transporte internacional. Saber os órgãos responsáveis pelo desembaraço aduaneiro e envio das mercadorias e ter habilidade para saber lidar com gigantes do setor. “Maersk (Dinamarca), MSC (Suíça), Fedex (EUA), DHL (Alemanha) estão entre as principais operadoras logísticas do mundo. As tratativas com elas exigem um profissional seguro e muito bem preparado”, frisa.

 

Respeito aos costumes locais

 

O diretor da W.Brazil Trader ressalta, ainda, a necessidade de ficar atento ao fuso horário dos países envolvidos. Como muitas negociações serão feitas por escrito, dominar o idioma é indiscutível, bem como realizar uma comunicação objetiva, clara e, principalmente, assertiva. “Se face a face já existem dificultadores, imagine de forma virtual”, pondera.

Kono lembra a rigidez das normas no exterior. Na absoluta maioria dos casos, não existe “jeitinho”, tão familiar aos brasileiros. “Por isso, é fundamental conhecer profundamente as regras e saber os limites de até onde se pode ir uma negociação”.

Por último e tão importante quanto todas as demais orientações citadas acima: conhecimento e respeito à cultura de cada país envolvido. As regras de etiqueta pessoais nunca saíram de modo. Na área negocial, elas definem ou não o fechamento das operações. Culturas diferentes, hábitos, posturas, sinais, formalidades específicas. “Um negociador americano é totalmente diferente de um chinês, de um brasileiro, de um argentino, de um muçulmano, de um japonês, de um africano. Estar ciente dessas peculiaridades será decisivo para o sucesso da negociação”, finaliza.

E como hoje é o dia do profissional do Comércio Exterior, parabéns a todos os profissionais desta área tão importante para o país, que traz produtos e novidades ao povo brasileiro, leva produtos produzidos aqui a todo o mundo. E ainda lida com os percalços, desde atrasos de navios, órgãos anuentes e acontecimentos no mundo todo que influenciam nos negócios e logística. São profissionais que fazem a balança comercial do Brasil girar.