Feriados chineses requerem atenção à logística comercial

A China, maior parceiro comercial do Brasil, tem dois grandes feriados nacionais: o China Day e o Ano Novo Chinês.

Mal comemoramos o 7 de setembro e já temos o 12 de outubro à vista como feriados nacionais. Se para muitos, é uma boa oportunidade para descansar, para os negócios são situações que precisam ser analisadas.

A China, maior parceiro comercial do Brasil, tem dois grandes feriados nacionais: o China Day e o Ano Novo Chinês. São períodos em que o país para por, pelo menos, sete dias. Em 2021, o Ano Novo Chinês foi comemorado em fevereiro. A data não é fixa e depende dos ciclos da Lua, ao contrário do Ocidente, baseado no Sol. Embora, oficialmente, sejam sete dias, a maioria das empresas para por 15 dias.

De 1º a 7 de outubro, será celebrado o Dia Nacional da China. Durante uma semana praticamente tudo fica parado: indústria, comércio, serviços, escolas etc. “É o período em que muitos trabalhadores que estão nos grandes centros voltam para o interior para rever os familiares”, explica Ricardo Kono, diretor geral da W.Brazil Trader.  “Como a China é nosso maior parceiro comercial, é importante que o empresário se planeje para estes dois períodos. Do contrário, poderá sofrer descontinuidade na entrega dos produtos”, ressalta.

 

China responde pelo superávit comercial do Brasil

 

Em 2020 a China respondeu por 66% da balança comercial brasileira. De acordo com dados do Indicador do Comércio Exterior (Icomex), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o país asiático somou US$ 33,9 bilhões dos US$ 50,9 bilhões comercializados pelo Brasil. O número representa um crescimento de 17% em relação a 2019.

Já de janeiro a maio de 2021, os resultados são ainda maiores.  As transações totalizaram US$ 27,1 bilhões. A China, sozinha, ficou com 70,4% ou US$ 19,1 bilhões deste resultado. Os dados também são da FGV.

A W.Brazil Trader orienta os empresários para eles não serem surpreendidos com as paradas nacionais chinesas. “Se não houver um bom planejamento, uma semana inativa poderá trazer prejuízos operacionais para quem tem parceiros comerciais na China”, frisa Kono.

Aqueles que porventura desconheciam o feriado nacional precisam atentar para os estoques que possuem e administrá-los para que não falte nenhum produto. “E quem for exportar, precisa somar essa parada a todo o desembaraço alfandegário que será postergado durante todo o período”, pondera o diretor geral.

A logística pode sofrer grandes impactos, tanto em relação ao valor do frete, quanto ao espaço disponível nos navios. “Próximo ao feriado, é muito mais difícil reservar espaço nas embarcações. Como todos anseiam tirar as cargas antes da parada nacional, corre-se o risco dela não ser despachada por falta de espaço”, destaca Kono. “Naturalmente, o valor do frete aumentará provocada pela alta demanda do espaço”, completa.

Entre os principais produtos exportados estão a soja, minério de ferro, carnes, algodão e minério de cobre. De outra parte, importamos eletroeletrônicos, equipamentos de telecomunicações, inseticidas em geral, peças e acessórios das mais variadas áreas, entre outros.

“Quando se fecha uma parceria comercial com empresários chineses, é importante estabelecer regras de como será o atendimento neste período de paralisação no continente asiático”, orienta Ricardo Kono. “Tudo que é estabelecido em contrato poderá ser cobrado posteriormente, de modo a não impactar negativamente os negócios brasileiros”, completa.

E àqueles que estão iniciando as tratativas comerciais, a expertise da W.Brazil Trader coloca-se como alternativa para minimizar riscos. “Nosso pessoal está preparado, sabe as datas, não só do China Day como podem antecipar o Ano Novo Chinês em 2022, bem como os demais feriados. Assim, as tratativas negociais não sofrerão descontinuidade”, finaliza Kono.