Erros cometidos no comércio exterior
No mercado internacional, não existe espaço para amadorismo e improvisação
Ter sucesso nos negócios passa muito longe de soluções fáceis. Alguns poucos acreditam na sorte. Com foco e disciplina, logo se percebe que resultado se obtém com muito empenho e dedicação. Na ânsia por realizações imediatas, corre-se o risco de se cometer muitos erros. No comércio exterior, isso é ainda mais flagrante pois cada país possui regras muito claras para as transações comerciais. “No mercado internacional, não existe espaço para amadorismo e improvisação”. O alerta é do diretor da W.Brazil Trader, Ricardo Kono.
Ele aponta os cinco erros mais comuns cometidos nas exportações e importações de produtos.
O primeiro é efetuar o pagamento sem analisar o perfil e confiabilidade da empresa. Com alguns cliques, o empresário encontra um possível parceiro comercial. O preço é atrativo, as condições parecem excelentes. Para “não perder a oportunidade”, é preciso adiantar algum valor. Até este momento, a “tal empresa” é solícita, ágil, demonstra todo cuidado com o possível cliente. Efetuado o pagamento, tudo muda. Toda presteza de atendimento se esvai. Kono relata de ter acompanhado casos de empresas falsas nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África. “Bandidos estão por toda a parte e não escolhem país”, alerta.
Para mitigar este tipo de prejuízo, a W.Brazil Trader analisa o perfil da empresa, solicita documentos, cruza informações, consulta outros clientes. Se não houver nada desabonador, então, orienta prosseguir com as tratativas. “Certamente a negociação fica muito mais segura”, assevera.
A segunda falha está no custo dos fretes. A falta de experiência e o desconhecimento de ferramentas adequadas podem encarecer a logística do negócio. “Sabemos que o frete mundial está com preços exorbitantes, mas é possível economizar”, orienta Kono. Entre as “pegadinhas”, Kono cita um preço “barato” de frete, mas com um prazo estendido para a entrega. “Ou seja: o empresário vai receber o produto muito depois do esperado. Isso é prejuízo certo.” Com acompanhamento semanal - e em alguns casos, diários – e ferramentas que cruzam e comparam valores, consegue-se preços mais atrativos. “Dependendo do país e produto, a economia pode ser de 15 a 20% do valor original”, orienta. E como os impostos são calculados sobre o frete, o impacto positivo é ainda maior.
Custos, licença e classificação fiscal
O terceiro ponto nevrálgico são os custos de importação. Muitas empresas iniciam as tratativas comerciais e estimam para baixo os gastos decorrentes da transação internacional. Algo que, inicialmente “ficaria em torno de 40% do custo do produto” pode, facilmente, dobrar. “Só depois dessa experiência que o empresário percebe a inviabilidade comercial do negócio”, aponta o diretor da W.Brazil Trader. Kono explica a diferença de uma boa assessoria. “Nós fazemos simulações, análise logística, comparação de dados e fornecedores, custos tributários. Um cálculo totalmente responsável para dar segurança à transação comercial”, assegura.
Fazer o embarque sem a licença de importação é o quarto item que mais atrapalha as transações internacionais. Assim como no Brasil existem órgãos regulamentadores como a Receita Federal, SEFAZ, Anvisa, Ministério da Agricultura, o mesmo ocorre nos demais países. Para evitar quaisquer transtornos, é fundamental verificar as normas e conseguir a licença antes de efetivar o negócio. “As punições vão desde aplicação de multa, apreensão das mercadorias ou mesmo ser obrigado a devolvê-las à origem, (rechaço de carga) o que implicará novos custos com frete”, explica Kono. Para evitar essa dor de cabeça e mais custos, a W.Brazil Trade elabora uma assessoria customizada de acordo com o negócio de cada cliente. “Fazemos uma gestão personalizada de todo o processo, evitando problemas e otimizando os resultados do cliente”, afirma.
Por fim, a classificação fiscal incorreta é um erro muito comum e dispendioso. Todos os países possuem regras tributárias específicas e são muito rigorosos no cumprimento de todas elas. “Além da multa, uma classificação incorreta implica num novo estudo, nova reclassificação o que retarda o desembaraço aduaneiro”, relata Kono. “Para evitar isso, consultamos os órgãos responsáveis de cada país onde o empresário vai negociar, para que ele faça tudo dentro das normas, evite prejuízos e consiga operacionalizar toda a transação”, finaliza.