Empresários brasileiros têm acesso a mercado no Chile estimado em US$ 11 bilhões por ano
O Chile tem hoje a maior renda per capita entre os sul-americanos.
Responda rápido: qual o país mais rico da América do Sul? Se pensou numa faixa estreita, vinhos, uma cordilheira que encanta o mundo e diversão garantida no inverno, acertou. O Chile tem hoje a maior renda per capita entre os sul-americanos. Cada chileno recebe, em média, US$ 24.588 por ano. O Brasil está atrás do Uruguai e Argentina e ocupa a quarta posição.
Com cerca de 20 milhões de habitantes espalhados numa estreita faixa territorial, pode-se afirmar sem receios que a economia chilena foi a mais próspera nas últimas décadas. O Brasil possui tratado de livre comércio com eles desde 1996.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), basta o aval do Congresso Nacional para que o Brasil tenha acesso a transações comerciais estimadas em US$ 11 bilhões ao ano. O novo Tratado, em fase final de tramitação entre deputados federais e senadores, dará, ainda oportunidades de vendas para 43 entidades do governo chileno.
Pelo novo acordo, a inspeção prévia individual (pre-listing) será eliminada. Isso contribui decisivamente para as vendas agroindustriais brasileiras. “O Chile tem uma economia forte, é pouco populoso, tem poucas áreas produtivas e excelentes empresários”, explica o diretor geral da W. Brazil Trader, Ricardo Kono. “Como os próprios números revelam, a população média tem dinheiro para gastar, o que sempre abre oportunidades de transações comerciais”, completa.
Chi, Chi, Chi, Lê, Lê, Lê Viva Chile
O brado das torcidas do futebol espelha bem o orgulho chileno. Se não há espaço para produção, existe dinheiro para importar. Fortes na produção de frutas como cerejas e blueberry, cultivo de uvas, envase e exportação de vinhos, destino turístico atraente em tempos pré-pandemia, o Chile não consegue atender às demandas internas.
No setor de vestuário, por exemplo, a rede Falabella, secular loja de departamentos, expandiu negócios em diversas áreas. “O comércio é uma das grandes forças da economia do Chile, também reconhecido pela excelente gestão”, destaca Kono.
Este cenário cria muitas oportunidades de exportação para os empresários tupiniquins. “Móveis, alimentos, metalúrgica, peças para automóveis. Eles precisam de quase tudo”, alerta do diretor da W. Brazil Trader. “Temos know how para orientar tanto quem deseja exportar quanto importar os produtos chilenos”, frisa.
Além de elencar os possíveis parceiros, traçar o perfil comercial e sustentabilidade financeira para cumprimento dos acordos a serem firmados, a W. Brazil Trader também orienta o passo a passo para operacionalizar a logística. “O Chile tem a vantagem de poder fazer o transporte também via terrestre. É possível colocar de 30 a 40% a mais do volume que seria enviado por container. A relação custo benefício fica muito favorável”, analisa Kono.
O único detalhe a ser levado em consideração são os produtos sazonais, influenciados pelas variações climáticas. “Tendo isso sob perspectiva, o restante nós certamente encontraremos as melhores oportunidades negociais”, conclui.