Como sua empresa pode crescer com o comércio exterior?

Não importa o tamanho da empresa, o segmento ou o tempo de mercado: o comércio exterior certamente é uma grande oportunidade para que ela cresça, aumente suas margens de lucro e tenha ainda mais competitividade.

Não importa o tamanho da empresa, o segmento ou o tempo de mercado: o comércio exterior certamente é uma grande oportunidade para que ela cresça, aumente suas margens de lucro e tenha ainda mais competitividade.

No caso das importações, entre os principais benefícios estão a possibilidade de buscar produtos, insumos e máquinas diretamente de fornecedores internacionais, cortando intermediários nacionais e reduzindo custos; ter melhores opções de fornecimento e acesso a novidades que ainda não chegaram ao Brasil, colocando a empresa à frente dos concorrentes; e ampliar o volume de negócios e até mesmo o raio de atuação em território nacional.

Em relação às exportações, são atrativos que devem ser levados em conta a atual cotação do dólar; a possibilidade de aumento considerável da demanda com a abertura de novos mercadores consumidores; e a chance de agregar valor à marca graças à presença em outros países.

“Quando você começa a lidar com comércio exterior, participando de feiras internacionais e tendo contato direto com fornecedores e novos mercados, você sempre estará na vanguarda do seu segmento, se tornando mais competitivo e tendo melhores resultados”, afirma Ricardo Kono, diretor da W. Brazil Trader, empresa de assessoria em comércio exterior com mais de 20 anos de experiencia no mercado e com diversos clientes espalhados pelo Brasil.

Atualmente, todos os setores podem encontrar maneiras de se beneficiar com o mercado externo. Mesmo assim, muitos empresários podem ter receio de iniciar processos de importação nesse momento por causa da elevada cotação do dólar. Kono ressalta que esse temor é um engano que pode impedir a empresa de aumentar sua lucratividade. “Para quem precisa de um determinado insumo ou produto que não tem equivalente no Brasil, a importação é sempre um excelente negócio. Se você não comprar diretamente do fornecedor internacional, você será obrigado a buscar essa mercadoria com distribuidores nacionais, que a importam e repassam o alto custo do dólar em seu preço final. O percentual de redução de custo que podemos conseguir varia muito e depende de fatores como volume, tipo de produto e periodicidade, entre outros, mas em alguns casos é possível trabalhar com uma margem entre 20% e 30% de redução”, analisa.

Quem trabalha com produtos sazonais, ou seja, mais consumidos em determinadas épocas do ano, pode multiplicar os ganhos nos meses de baixa do mercado interno com as exportações. “Se a sua mercadoria tem mais demanda no frio ou no calor, existe a possibilidade de aumentar os lucros voltando sua linha de produção para o Hemisfério Norte no inverno ou verão. Em muitos casos, isso pode representar um incremento considerável para o faturamento anual da empresa”, afirma.

Se o plano para atuação no comércio exterior for bem elaborado e executado, os resultados costumam aparecer rapidamente. “Um dos nossos clientes, que atua no setor de suplementos alimentares, iniciou seu processo de internacionalização conosco. Ele nunca havia importado ou exportado antes. Trouxemos todo o maquinário necessário para a expansão e atualmente cuidamos da exportação dos produtos, que estão presentes em três continentes. Depois de oito anos atuando no comércio exterior, essa empresa aumentou em 15 vezes o seu faturamento anual”, destaca.

Kono também lembra que é possível utilizar a internacionalização até para mudar o perfil de um determinado negócio, passando de loja para distribuidora, por exemplo. “Outro cliente que nós assessoramos começou importando um contêiner de produtos a cada três meses e atualmente importa de 15 a 20 por mês. Um crescimento bem significativo.”

O especialista recomenda a qualquer empresa que deseja atuar fora do Brasil que faça um planejamento cuidadoso e obtenha o máximo de informações estratégicas antes de se lançar. “Às vezes, a empresa até consegue entrar em um mercado extremamente exigente como o dos Estados Unidos, por exemplo. Mas depois de um tempo, o negócio acaba não dando mais certo porque ela não consegue entregar o produto na quantidade e no prazo que aquele mercado exige. E os norte-americanos, inclusive, costumam procurar parceiros comerciais que sejam confiáveis a longo prazo. Então é fundamental entender plenamente essa demanda e suas características antes de começar a atuar no mercado externo”, alerta.

Em contrapartida, se a empresa conseguir satisfazer plenamente estes novos clientes, além do aumento do faturamento ela também conseguirá agregar valor à sua marca, vantagem que pode ser explorada no mercado interno em termos de marketing e também pode ser usada para abrir novas portas no exterior. “Você terá o que se chama de ‘produto tipo exportação’, trazendo credibilidade e prestígio para sua marca”, garante.