Como exportar? 10 regras de ouro

No artigo de hoje preparamos 10 dicas essenciais para empresas brasileiras que estão planejando sua internacionalização.

 

No artigo de hoje preparamos 10 dicas essenciais para empresas brasileiras que estão planejando sua internacionalização. Confira:

Inove e ouse

Inovar deve ser o verbo mais valorizado pelas empresas que desejam exportar. Além de deixar os concorrentes nacionais para trás, inovação atrai olhares de fora. Em linhas gerais, um produto inovador em termos de comércio exterior é aquele que combina com alta taxa de sucesso a antecipação de tendências e a adequação do produto ao público-alvo desejado. Na maioria dos casos, não é necessário que a mercadoria seja absolutamente revolucionária, mas ela deve trazer alguma solução inovadora: pode ser uma nova forma de embalar (reduzindo custos), um design mais adequado aos clientes estrangeiros, um acabamento mais elaborado ou algum outro tipo de vantagem competitiva que se faz notar pelo mercado a curto prazo.

Seja visto

A máxima que vale para qualquer negócio no mercado interno também se aplica ao comércio exterior. Marcas que não são vistas pelo mundo dificilmente serão procuradas por potenciais clientes estrangeiros. Aqui, a regra é planejar e calcular com cuidado e objetividade a participação da empresa em feiras internacionais. É fundamental estudar o mercado adequado e participar de eventos consolidados voltados ao nicho do produto que a empresa pretende exportar. Se feito com estudo e ajuda de profissionais, o investimento nestas feiras pode dar retorno rapidamente.

Adeque sua embalagem

É fundamental que as embalagens (do maior ao menor volume, ou seja, dos pacotes que serão embarcados nos contêineres às unidades que irão para as prateleiras) dos produtos voltados à exportação sigam os padrões internacionais de rotulagem. Este cuidado permite que as cargas cheguem ao destino em condições ideais e que também sejam atraentes aos consumidores. É essencial que a empresa domine os símbolos internacionais usados nas etapas de transporte e estocagem. Além disso, é obrigatório seguir as determinações de cada país sobre as informações técnicas ou nutricionais que precisam constar nas embalagens que serão manuseadas pelos consumidores finais.

Use código de barras

Independente do tipo ou tamanho do produto, use código de barras. Embora não seja obrigatório, este é o padrão mais confiável para facilitar a entrada no país importador, por permitir o rastreamento da mercadoria até a origem. O código também facilita a automação logística de ponta a ponta, agilizando o cadastro dos itens nos sistemas de armazenagem ou transporte, otimizando o controle dos estoques e também o processo de venda. Muitos importadores deixam de comprar produtos sem código de barras porque eles geram custos adicionais para cadastrar manualmente os volumes nos sistemas. Nas lojas ou supermercados, o código ajuda os clientes a identificaram os preços nos terminais de consulta.

Planejamento é a chave do sucesso

Não sabe se dará conta de entregar todas as mercadorias no prazo e no volume desejados pelo cliente? Não venda. É melhor encontrar um parceiro mais adequado para iniciar as exportações do que não conseguir honrar contratos e ficar com a reputação manchada no mercado internacional. O mundo espera profissionalismo, competência e compromisso das empresas brasileiras para estabelecer relações comerciais de médio e longo prazos.

Olho na tributação

Em linhas gerais, a exportação é sempre uma operação desonerada no Brasil. O governo mantém os incentivos fiscais para aumentar a competitividade dos produtos nacionais no cenário internacional, aquecendo a economia interna ao gerar riqueza, emprego e renda. Com isso, diversos tributos são eliminados, inclusive aqueles incidentes nos insumos e que são incorporados aos produtos finais. Os seguintes impostos não são recolhidos em operações de exportação: IPI, ICMS, COFINS, PIS e IOF. Além disso, existe o Imposto de Exportação (IE), mas ele só é cobrado em circunstâncias muito específicas, quando não há interesse do governo brasileiro na exportação daquela mercadoria. Via de regra, a alíquota deste imposto é sempre 0%.

Olho no relógio

Operar no comércio exterior significa lidar diariamente com clientes ou fornecedores de diversos países. Em alguns casos, o fuso horário pode ser completamente diferente do brasileiro, literalmente trocando a noite pelo dia. Neste contexto, é importante que o setor responsável por atender as demandas internacionais tenha sempre algum profissional pronto para lidar com os clientes estrangeiros e resolver eventuais problemas com as cargas a qualquer tempo. Neste sentido, contar com o apoio de uma assessoria especializada em comércio exterior pode ser uma grande saída.

Fique atento às condições de venda

Os termos internacionais de comércio (ou incoterms) são as cláusulas contratuais usadas nas transações de comércio exterior. Para o exportador, é essencial calcular todos os custos envolvidos com a operação e identificar aquela com menor impacto financeiro, evitando sempre se envolver com os processos alfandegários no país de destino. O apoio das assessorias especializadas pode contribuir bastante nesta escolha.

Mantenha os documentos em ordem

É vital manter em ordem e junto da mercadoria dois tipos de documentos: os pré-embarque e os pós-embarque. A documentação pré-embarque inclui: fatura proforma (espécie de orçamento aprovado); nota fiscal ou fatura comercial e certificados adicionais; romaneio de embarque ou packing list (documento emitido pelo exportador com todos os detalhes dos produtos); registro de exportação (através do SISCOMEX); carta de crédito (emitida pelo banco que garante as condições negociadas pelas partes); e contrato de câmbio (emitido por uma instituição financeira para a conversão da moeda estrangeira). Já os documentos de pós-embarque são os seguintes: comprovante de exportação (emitido pela Receita Federal para comprovar o embarque da mercadoria); e conhecimento de transporte (comprova que o produto foi entregue para o exportador para transporte através de diferentes modais - marítimo, aéreo, ferroviário ou rodoviário).

Fidelize e expanda

Ao se internacionalizar, qualquer empresa observa um gigantesco salto em seu espectro de potenciais clientes. Agora, em vez dos 200 milhões de brasileiros que poderiam eventualmente consumir seus produtos, estamos falando de uma população de aproximadamente 8 bilhões de pessoas, ou seja, um mercado 40 vezes maior! Portanto, uma marca que realiza com cuidado, planejamento e eficiência suas operações de exportação certamente irá fidelizar seus mercados consumidores e atrair outros novos, expandindo praticamente sem limites suas chances de lucrar com o mercado externo.