A passos lentos, a economia brasileira dá sinais de avanço. A balança comercial registrou o segundo maior valor para um mês de julho de toda a história. Só ficou atrás de julho de 2020, quando o mundo ainda se via envolvido com os desafios trazidos pelo coronavírus. No mês passado, o país exportou quase US$ 7,4 bilhões a mais do que os produtos que importou.

 

Se em números absolutos houve uma ligeira queda, segundo o Ministério da Economia, na média de dias úteis, o crescimento foi de 1,7% em relação ao mesmo período de 2020. As exportações somaram US$ 25,5 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 18,1 bilhões. O crescimento foi de 37,5 e 60,5%, respectivamente, quando se comparam os números de julho do ano passado. Para o diretor da W. Brazil Trader, Ricardo Kono, esses números são, de fato, muito positivos. “Tudo isso mostra que mesmo com todos os desafios que estamos passando, o comércio exterior continua fundamental para a economia. Deixar a empresa fora destas oportunidades não é uma boa ideia.”

 

Commodities impulsionam crescimento

 

Foi o preço das commodities o principal responsável pelo superávit. Ainda segundo o Ministério da Economia, o volume de produtos embarcados caiu 8% comparado com julho de 2020. Já o valor das mercadorias cresceu nada menos que 43,1% na mesma comparação. “Este é o reflexo na alta do preço das commodities”, explica Kono. E reforça a importância do Brasil como grande produtor de alimentos para o mundo.

 

Este cenário favorável deve continuar forte. De acordo com o governo brasileiro, este ano as exportações serão maiores que os importações. A estimativa é ultrapassar US$ 161,4 bilhões até o fim do ano. As importações devem fechar em torno de US$ 117 bilhões.

 

FMI prevê 5,3% de crescimento para o Brasil

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) mudou a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2021. Agora, a expectativa é uma melhora de 5,3%. Isso representa 1,6 ponto percentual a mais do previsto em abril.

 

Para a W. Brazil Trader, os empresários têm uma boa perspectiva de recuperar as perdas do ano passado, ocasionadas pela pandemia. “Abrir a mente para negociar com empresas de diversos países e estar aberto a criar relacionamentos, com certeza, vai potencializar muito os negócios”.

 

Ricardo Kono ressalta que a primeira semana de agosto também foi positiva para as exportações. O superávit foi de US$ 1,64 bilhão. “O que nos mostra que o segundo semestre com vacinação em massa e a diminuição das restrições sanitárias vai ser ótimo para economia”, finaliza.